quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Pesquisadora das Indústrias Reunidas Matarazzo ministra palestra em Jaguariaíva

Na última sexta (15), pós-doutora em História da Arte, Angela Brandão ministrou palestra para jovens aprendizes que prestarão serviço voluntário no “III Festival Cultural – Tropeirismo, Ferrovia e Matarazzo – Partes de Nossa História”, que ocorrerá entre 12 e 15 de setembro, incluindo shows com artistas de renome nacional e programação cultural.  O treinamento ocorreu no Cine Teatro Valéria Luercy, com a presença do prefeito José Sloboda e da secretária de Educação, Cultura e Esportes Alcione Lemos.A historiadora Angela Brandão é a autora do livro Memórias: Frigorífico das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo em Jaguariaíva, produzido há 14 anos, numa parceria entre a iniciativa pública e privada. Na obra ela traçou um perfil da história do prédio do frigorífico, abrindo o leque da narrativa para o conhecimento sobre a industrialização brasileira e paranaense no final do século XIX e início do século XX.
A secretária de Alcione informou que a especialista foi trazida para dar suporte à pesquisa sobre as indústrias Matarazzo em Jaguariaíva entre os jovens aprendizes que atuarão como voluntários nas exposições históricas e recepção de turistas durante o Festival Cultural. Sloboda, na oportunidade, enalteceu o trabalho de vanguarda da historiadora e destacou que as ruinas pertencentes à família Matarazzo foram transformadas em espaços públicos que servem para preservação da história do município e bom uso pela população.
Durante a palestra a pesquisadora expôs como foi resgatar a história através do relato de antigos trabalhadores da indústria e moradores da cidade. Ela disse que o prédio exerceu fascínio na população e despertou orgulho pela construção imponente para a época. Segundo Angela, ainda há vários aspectos que podem ser pesquisados sobre a história do município, ligados à instalação das Indústrias Matarazzo, tal como os sabores produzidos, a marcenaria, o tipo de arquitetura, as recordações sonoras e elementos simbólicos.
“Há um patrimônio que precisa ser preservado sob o ponto de vista da edificação, mas também há elementos imateriais que precisam ser preservados, que são as recordações simbólicas, como os elementos sonoros, visuais e olfativos trazidos pela Indústria Matarazzo”, observou. A historiadora enalteceu a restauração do prédio feito pela prefeitura, bem como a utilização do mesmo. “Estamos em um lugar vivo, este é um edifício que ‘respira’, que tem movimentação de pessoas. Que destino diferente vocês conseguiram construir aqui”, disse. Ainda como preparação para o Festival Cultural os jovens aprendizes farão uma viagem à Antonina, no litoral do Paraná, no próximo dia 21, para conhecer o antigo porto particular do Complexo Matarazzo e o prédio da família onde funcionaram moinhos de trigo, sal, açúcar e erva-mate.

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